Para ser um escritor é
necessário considerar alguns pontos.
Veja passo a passo:
No Brasil, escritor não é profissão e somente
alguns escritores conseguem viver disso.
A porcentagem recebida por venda de “capa” (livro
vendido) raramente passa de 10%.
Existem algumas exceções, mas isso só acontece
com autores de grandes “Best Sellers”.
O autor brasileiro tem que ter consciência de
que escreve para uma população que não lê e será difícil fazer um livro se
tornar sucesso.
Para
ser escritor não é necessário ser formado em Letras ou Literatura. Um requisito
é ter grandes idéias. A poetisa Cora Coralina tinha pouca instrução.
Sua obra deve ser inédita e
não pode ter semelhança com outras já publicadas porque isso se chama plágio.
Não se preocupe com o tempo
que irá levar para escrever sua obra. O importante é que esta tenha um gênero
definido, uma boa estória e que prenda o leitor. Existe muita mentira sendo
divulgada sobre escritores que conseguem proezas mirabolantes de escrever
livros com muitas páginas em dois ou três meses.
Não se preocupe com
tamanho de folha ou quantas folhas seu livro terá. A diagramação e paginação
são feitas pela editora e a quantidade de páginas vai depender do formato do
livro. A capa, na maioria das vezes é escolhida por ambas as partes, autor e
editora.
Não fique mostrando
seus originais para todo mundo. Não coloque trechos em redes sociais, pois a
obra pode ser furtada por algum espertalhão e você vai ter grandes problemas
para provar que seja sua.
Após o término do “manuscrito”
registre imediatamente na Fundação Biblioteca Nacional. Essa é a única entidade
brasileira que faz esse tipo documento. Não pense que seu direito estará
resguardado com isso. O registro só provará a autoria da obra e só resguarda o
que está escrito. Caso ocorrer a desconfiança de furto ou plágio, um processo
judicial será necessário. Um plágio ou furto de uma obra brasileira no exterior
aumenta a complicação para um processo e demandará em custos absurdos.
Depois do registro vêm
as correções do Português. Contrate alguém especializado nisso, nem todas as
editoras fazem revisão. Caso não consiga um revisor tente um professor de
português. Erros são comuns e escritores famosos tiveram erros encontrados em
seus primeiros livros.
Agora a questão da escolha de que forma que o
livro será publicado. Produção independente costuma dar problemas com a
distribuição. O melhor é uma editora mesmo. As opções em edição são na maioria
das vezes duas: a editora assume toda a edição e o autor leva uma porcentagem
ou uma co-edição, o autor paga uma parte da edição e ainda recebe uma porcentagem na
venda e livros.
Contrato assinado, a
publicação dependerá do cronograma da editora. A data de lançamento depende da
entrega da gráfica.
Agora a preocupação é a
divulgação. Contrate uma assessoria de imprensa para o lançamento. Os
jornalistas não sabem quem é o autor ou a obra e se alguém não divulgar a eles,
o livro não se torna “visível" e as vendas não acontecerão.
As livrarias se
dispõem a ceder um espaço para autógrafos e sem custos para o autor. É bom
lembrar que isso promove a livraria. É normal ser servido vinho, refrigerante e
água cedidos pela livraria.
Na sessão de
autógrafos, de um autor que não seja famoso, somente os amigos irão aparecer. Poucas
pessoas desconhecidas comprarão o livro nesse dia.
Não espere que as
vendas ocorram rapidamente. Vai depender da divulgação para que o público
compre o livro.
Ser
escritor não é fácil, depende de muito trabalho e dinheiro o sucesso de um
livro.
Boa
sorte!
* Imagens retiradas do google imagem
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